quarta-feira, 10 de abril de 2013

Segue-me!














Na margem do lago esperas por mim e eu não te vejo.
É noite, as minhas redes estão vazias.
Que posso eu sem ti? Que espero ver sem a tua luz, tu que és a luz do mundo?
E tu, Senhor Jesus, paciente, acreditas em mim, esperas.
De tal modo me amas que queres precisar de mim para a tua obra salvadora.
«Lança as tuas redes». Eu te darei o pão da vida. Eu serei teu alimento.
Tu que deste a tua vida para que eu tivesse Vida
Esperas-me na margem do lago, sorris, estendes-me a tua mão,
Em mim confias para chamar a ti os irmãos que andam perdidos na noite da vida.
Amas-me?
Tu sabes Senhor que te amo.
Não como me amas a mim, pois só a tua capacidade infinita de amar poderia voltar os olhos para a minha pequenez.
Só tu para amares aquele que tantas vezes te negou conhecer. Só tu, Senhor, para acreditares na minha fragilidade, só tu para semeares em solo tão pobre.
Amas-me?
Tu sabes Senhor que te amo.
Segue-me!
Aqui me tens Senhor: pobre, frágil, mas sonhado à tua imagem. Toma nas tuas mãos os dons que me deste. Quero deixar na margem tudo o que me pesa e me impede de navegar.
Partirei hoje mesmo levando na minha barca a Tua Palavra, alimento da minha vida. O coração livre para acolher os que Te procuram. A Tua Luz para iluminar o caminho dos que andam perdidos.
Partirei feliz porque, soprando as velas estará comigo a força do Teu Espírito.  
Olinda Ribeiro