Nasceu. Sozinho na noite.
Pobre, nas palhas chorando.
Voltou a nascer porque os homens ainda não viram
Na criança indefesa,
A força de Deus.
Nasceu. Na escuridão de uma gruta,
No frio da noite, à luz das estrelas.
Voltou a nascer porque os homens ainda não viram
Na noite de Belém
O novo dia para a humanidade.
Nasceu. E o choro de Deus-criança
Foi canção que o vento entoou.
Voltou a nascer porque a humanidade
Não ouviu no choro da noite
A resposta de Deus às lágrimas dos homens.
Nasceu. Longe da cidade.
Apenas os humildes, os pobres e os sábios de longe
O foram visitar.
Voltou a nascer
Para que os cegos vejam
Os surdos ouçam
E a humanidade perdida
Não desista de O encontrar.
Olinda Ribeiro
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