quarta-feira, 18 de abril de 2012

Pai nosso...


Louvado sejas meu Senhor que tão bem me conheces…
Ainda a palavra não chegou à minha boca e já tu a proferias.
Querido pai que tanto me amas…
Só um amor infinito levaria o meu Deus omnipotente a inclinar-se sobre mim e a transportar ao colo a minha pequenez.
Que eu saiba, pai querido, ser tua luz quando à minha volta a noite teimar em cair.
Que as minhas mãos espalhem a tua paz.
Que os meus lábios falem a tua verdade.
Que o meu coração procure a justiça e todo o meu ser espalhe o teu amor. Assim farei a tua vontade.
Eu te peço, pai, que eu saiba sempre ver-te como «nosso pai» e não «meu», só meu, como tantas vezes egoisticamente te vejo.
Dá-nos Senhor o pão que sabes que precisamos e não o que pensamos precisar.
Tu que és o Senhor da verdade, ilumina o meu coração de modo que o essencial seja o bastante para mim e tudo o mais pertencerá aos meus irmãos.
Tu és, Senhor, pai misericordioso, a tua bondade enche o universo e por isso me atrevo a pedir-te: «perdoa as minhas ofensas», e confio que o farás.
Ao longe te vejo correndo para mim, a meio do caminho, de braços estendidos num abraço de pai. Filha pródiga te peço: «não sou digna de ser chamada tua filha».
Não deixes, Senhor, que me afaste de ti. Porque me deste a liberdade de fugir? De me perder? Como seria bom estar sempre no teu colo de pai!...
Não deixes Senhor que a tentação me vença e, por tua bondade, derrama sobre mim a força do teu Espírito.
Olinda Ribeiro

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