sexta-feira, 11 de março de 2011

Deserto

 Pai, volta para mim o teu olhar,
Percorre o deserto da minha vida.
Toma-me na tua mão
Para que possa um dia ressuscitar
Na vida nova, por teu amor oferecida
Na cruz da libertação.
Tem compaixão de mim, meu Senhor,
Areia sedenta de vida,
Pó, que sonha ser barro nas tuas mãos.
Vasto é o deserto
Longe o horizonte
Áridos os chãos.
Faz comigo a travessia, mostra-me a saída.
Luar da minha noite,
Minha luz na escuridão.
Meu Pai bondoso e meu Senhor.
A caminho de mim,
Contigo quero morrer, para em ti florescer
Na tua Páscoa de amor,
No encontro, na doação.
Olinda Ribeiro

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