sábado, 16 de abril de 2011

Porque me amas


Como é pesado o madeiro que carregas, meu Senhor…
De que são feitos os cravos que trespassam a s Tuas mãos?
De quem são as mãos que seguram o martelo?
Por quem as Tuas lágrimas?
Porquê tanta dor?
O abandono, a fome, as guerras,
Rasgam a tua carne.
O endeusamento do dinheiro,
A ânsia  de poder,
A mentira e toda a espécie de ódios
Fazem jorrar o teu sangue.
E eu, vendo-te morrer
Deixo-me ficar.
Como se não fosses tu quem crucificamos
Como se não fossemos nós que morremos.
É mais fácil ignorar,
Fingir que não vemos…
E tu, que tanto me amas, tudo esqueces
E, do alto da cruz, mesmo assim,
 te lembras de mim.
«Pai, dá-lhes o teu perdão».
Olinda Ribeiro

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